quinta-feira, 26 de abril de 2012

Os Pataxós foram extintos!

Texto extraído do site Agora on-line. Trata de um texto que ja conhecia mas achava extenso para o blog. Porém, inspirado pelo Agora, encaminho e recomendo a leitura. Traz argumentos importantes que desmascaram as ações da FUNAI e pautam a linha que seguimos neste blog de desacreditar que tratam-se de índios legítimos os invasores de terra na região. Tomei a liberdade de fazer alguns grifos onde achei pertinente e links para conteúdos relacionados.

Clique no título da postagem, no link Mais informações » no final do texto ou aqui para ler na íntegra. E ao final, aproveite para comentar.

No próximo dia 28 far-se-á exatamente 30 (trinta) anos que a Fazenda São Lucas, situada no município de Pau Brasil, do proprietário Jener Pereira Rocha, foi invadida por supostos índios Pataxó. A partir daí, novas invasões foram perpetradas em toda a região de Pau Brasil, Camacan, Jacareci e Itaju do Colônia, de forma violenta, gerando um clima de terror para a população urbana, trabalhadores rurais e agricultores. Durante esses 30 anos, assistiu-se cenas de violência e descaso das autoridades, mas, conforme promessa da relatora do processo, a ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, todos os envolvidos aguardam ansiosamente o julgamento da Ação Cível Originária nº 312-1 – BA, impetrada pela Funai contra o Estado da Bahia, visando conforme o remate da petição inicial a declarar nulos os títulos de propriedade e registros imobiliários incidentes sobre a suposta Reserva Indígena Caramuru – Catarina Paraguassu, localizada no sul da Bahia, nos municípios de Conquista, Itambé, Itapetinga, Canavieiras, Itabuna, Pau Brasil e Itaju do Colônia.

Polícia Federal não encontra índios em fazendas invadidas

Agentes da Polícia Federal têm ido a propriedades invadidas por índios no município de Pau Brasil para investigar a onda de violência promovida pelas invasões nas ultimas semanas. Porém, estes não estão encontrando índios nas áreas visitadas, somente fazendas depredadas e abandonadas. Os agentes informaram nesta quarta-feira (25/04/2012) que os índios pataxós hã hã hãe abandonaram 9 das 11 fazendas que haviam invadido neste mês.

A FUNAI é informada e seu coordenador acompanha as visitas às áreas que vistoriadas. Com a informação prévia, estes informam aos invasores para que abandonem as fazendas enquanto os policiais estiverem no local. Os mesmos retornam assim que a polícia deixa o local. 

Porque abandonar as fazendas durante as visitas dos policiais? 
Devido ao assassinato de um funcionário de uma fazenda invadida, qualquer invasor encontrado dentro das propriedades pode ser considerado suspeito do crime. Desta forma, é mais prático e seguro deixar a área por algumas horas. Os invasores sabem que mesmo que os proprietários retornem neste período, devido às más condições das estradas, estes têm tempo suficiente para promover novas invasões brutais antes do retorno da polícia.

Esta mesma estratégia vem sendo utilizada desde o início das invasões. Quando a justiça determinou busca e apreensão de armas em 23 fazendas invadidas por índios na região, apenas poucas armas velhas foram encontradas. Nenhuma das armas de uso restrito usadas nas invasões foi encontrada, pois os funcionários da FUNAI informavam quais áreas seriam revistadas, dando tempo aos bandidos para esconder o arsenal.

A teoria da FUNAI é de que os índios teriam sido expulsos pelos proprietários. Teoria falha, pois é evidente que, uma vez que os proprietários reavessem suas fazendas não as deixariam abandonadas à mercê dos invasores. 

Quanto à atuação da PF: tendo encontrado as propriedades abandonadas, caberia a estes reintegrar e garantir a manutenção da posse aos proprietários. Deixar as propriedades abandonadas é  uma arbitrariedade. 

terça-feira, 24 de abril de 2012

Força tarefa chega a Pau Brasil para "conter conflitos"

Começo esta postagem com uma pergunta:
Se um grupo de ladrões invadir sua casa, você liga para quem?
  1. a polícia;
  2. os bombeiros;
  3. a sua mãe;
  4. o chapolim colorado;
  5. os mercenários;
Se (e eu tenho certeza que sim) você concordou com a primeira alternativa, esse texto pode te deixar no mínimo preocupado.

Delegado da PF com
"esquadrão de elite" ao fundo
Este final de semana a Polícia Federal reforçou o efetivo na região do sul da Bahia onde, desde janeiro, índios já invadiram cerca de 70 fazendas nos municípios de Pau Brasil, Itaju do Colônia e Camacan. 30 agentes do Comando de Operações Táticas (COT) já estão instalados na região.

Em uma reunião na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de Pau Brasil, os policiais federais propuseram que os fazendeiros aceitassem as ocupações realizadas desde o início do ano até que o Supremo Tribunal Federal julgue a questão. Em troca, os índios garantiriam que não haveria novas invasões, como ficou combinado na reunião da PF com representantes dos pataxós e da Fundação Nacional do Índio (Funai), realizada no domingo. 

Porém, não há mais propriedades a serem invadidas na área pretendida pela FUNAI. As fazendas que não estão ocupadas por índios foram destruidas por queimadas criminosas.

Os cerca de 60 agricultores que compareceram à reunião foram contra a proposta. Eles exigem que os indígenas desocupem, pelo menos, as 12 últimas fazendas invadidas, todas na semana passada, para que haja trégua entre as partes, à espera do julgamento. A contraproposta foi encaminhada à FUNAI.

A obrigação do estado (leia-se polícia federal, militar e civil) é garantir a paz e defender os direitos dos CIDADÃOS. Direitos estes, os quais incluem o direito à posse a suas propriedades. É obrigação do estado exigir, e se necessário promover, a desocupação das propriedades invadidas e garantir a devida manutenção da posse aos proprietários.

Desta forma, qualquer outra proposta do estado (leia-se polícia federal) é um ultraje e uma agressão à constituição federal.

As aspas no título se devem ao fato de que acredito que com uma proposta dessas, a intenção do reforço da PF na região é conter quais quer reações dos proprietários. Em outras palavras: PROTEGER OS INVASORES!

Coordenador da FUNAI em Pau Brasil. Coordenador 
das invasões na região? 
A pergunta no começo da postagem não é aleatória. Ao lado, segue fragmento de reportagem da Rede Globo, que apresenta entrevista com o coordenador da FUNAI na região. Reparem na sua fala:

"Em 10 anos esta área (52mil hectares) já será pequena para o nosso povo".

Quando a analogia foi feita com "sua casa", pode soar como algo distante de acontecer. Para os moradores do bairro Parque dos Rios em Itaju do Colônia já é uma ameaça muito próxima.
E daqui a 20 anos?

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Índios ateiam fogo a fazendas para expulsar proprietários

Pastagem incendiada. Fonte: Joá Souza
Fazendas que ainda não haviam sido invadidas pelos índios foram incendiadas em Itaju do Colônia e Pau Brasil no sul da Bahia. Na tarde deste domingo (22/04/2012) índios da etnia pataxó hã hã hãe atearam fogo em pastagens de fazendas que ainda não haviam sido invadidas. A ação é uma represália contra os proprietários, que prevendo invasões, demoliram as casas para diminuir o interesse dos índios pelas propriedades. 

As fazendas incendiadas na noite deste domingo continham, além de trabalhadores e do rebanho de seus proprietários, o rebanho de outros proprietários que tiveram suas fazendas invadidas. 

Durante toda a madrugada os trabalhadores lutaram contra o fogo, tentando evitar que o rebanho seja morto pelo fogo. A pastagem já seca pela estiagem que atinge o estado dificulta o trabalho de apagar o fogo. Além disto, os índios espalharam óleo diesel pelo pasto para alastrar o fogo.

A situação é crítica e ainda não sabemos a extensão do prejuízo ou se há vítimas.

No ultimo sábado (21/04/2012) os índios armados atearam fogo a um caminhão que transportava trabalhadores a uma propriedade invadida para  retirar o gado.

No dia 9 de abril a sede de uma propriedade foi incendiada após um atentado que matou uma dona de casa que transitava pela estrada.

Na sexta feira (20/04/2012) um trabalhador foi assassinado por indígenas durante a invasão a uma propriedade. Júlio César Passos Silva foi atingido na nuca ao tentar fugir dos tiros dos invasores.

Também na sexta-feira uma equipe de jornalistas da Folha de São Paulo foi rendida e ameaçada por índios encapuzados na estrada que corta a região invadida. 

As empresas de transportes que fazem a ligação Itaju do Colônia a Pau Brasil paralisaram suas atividades  por falta de segurança na estrada.

As ações dos indígenas têm se tornado mais violentas nas ultimas semanas e a presença da polícia federal o do reforço do policiamento militar não tem os intimidado. Percebe-se que o argumento de que as invasões visam pressionar o STF para julgar a ACO 312 não se sustenta devido a violência e crueldade dos atos que observamos.

domingo, 22 de abril de 2012

Trabalhador é morto por índios que invadiam fazenda no Sul da Bahia

Reportagem da Rede Bahia de 21/04/2012
A polícia de Pau Brasil, confirmou a morte de um trabalhador durante a invasão de uma fazenda por índios da tribo pataxó hã-hã-hãe no Sul da Bahia. Júlio César Passos Silva, funcionário da fazenda Santa Rita, que fica na região onde os índios pataxó vem promovendo invasões desde janeiro, foi morto com um tiro na nuca, enquanto fugia de tiros durante a invasão na tarde desta sexta-feira (20/04/2012). Um índio teria sido baleado na perna.

“Infelizmente, mais uma vida se foi. A polícia trabalha com a hipótese de execução. Ele trabalhava nessa fazenda, a Santa Rita. Ontem [sexta], um vizinho de fazenda informou que havia um corpo lá dentro, mas só hoje [sábado] os policiais vieram atuar na retirada”, afirma Cleide Marta, do sindicato rural de Pau Brasil, que acompanhou o trabalho de resgate do corpo até a delegacia de Polícia Civil. 

O corpo do funcionário só foi encontrado por volta das 14h deste sábado (21/04/2012) quando agentes da Polícia Federal, Polícia Militar e Polícia Civil estiveram na fazenda invadida. O corpo foi transferido para o Departamento de Polícia Técnica de Itabuna, onde será realizado o sepultamento.

O "índio" Ivanildo dos Santos, baleado na perna, foi socorrido por seus companheiros e encaminhado para o Hospital de Base, Itabuna.

Os policiais foram informados da invasão e de que haviam outras pessoas feridas ainda na tarde de sexta, mas, segundo agentes da Polícia Civil, apenas neste sábado (21/04/2012) os agentes conseguiram chegar até o local.

Um caminhão com trabalhadores rurais que seguiam para uma propriedade invadida para tentar retirar o gado foi incendiado na manhã de sábado (21/04/2012), também na cidade de Pau Brasil. Ninguém ficou ferido. Segundo testemunhas, os vaqueiros foram obrigados a fugir correndo antes do caminhão ser incendiado. Na delegacia, eles contaram que foram abordados por homens encapuzados e armados. Os suspeitos não foram localizados. O homem que dirigia o carro relatou que os trabalhadores chegaram a sofrer agressões, como chutes, antes de conseguirem correr para fugir do grupo.

"Cerca de 12 homens foram até uma fazenda retirar o gado. Homens atiraram contra o caminhão de boiadeiro. Aconteceu entre 8h e 9h. Eles furaram os pneus e espancaram os trabalhadores. Todos deram queixa na delegacia de Polícia Civil", afirma Cleile Marta.

O coordenador da FUNAI, Wilson de Sousa, provavelmente um dos líderes deste movimento, tenta sempre descriminalizar o movimento. Acredito que após cerca de 70 invasões com uso de armas pesadas, de uso restrito, duas pessoas mortas, uma na estrada e esta dentro da propriedade durante a invasão, a Polícia Federal deveria pressioná-lo para saber quem fornece armamento e apoio logístico para estas ações criminosas.


Um outro trabalhador foi baleado por índios em fevereiro na invasão de uma propriedade em Itaju do Colônia. Este trabalhador foi tratado em Vitória da Conquista e já não corre perigo. As queixas foram prestadas em Itaju do Colônia e na delegacia da PF em Ilhéus. Nem um suspeito foi indiciado até o momento. 

Quando a PM realizou manifestação pacífica em Salvador, o governador do estado convocou o exercito para a capital. As forças enviadas para a região não evitaram sequer uma ação dos indígenas.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Toda a região sofre prejuízos por conta das invasões

As invasões de terra na região sul da Bahia tem alterado a rotina nas cidades e a fonte de renda de produtores e empregados há quase três meses. “A queda no movimento do comércio passa dos 60%”, como avalia o comerciante Djalma Duarte.
A cima uma nova reportagem que apresenta os prejuízos causados pelas invasões promovidas pela FUNAI na região dos municípios de Itaju do Colônia, Pau Brasil e Camacã.

O Município de Pau Brasil comemora hoje 50 anos de emancipação e as festas planejadas estão sendo prejudicadas pela tensão na região. As pessoas evitam trafegar pelas estradas que são constantemente bloqueadas por índios armados.

Mais invasões no sul da Bahia apesar da presença da PF


Tenho batido na questão da presença da Policia Federal em Itaju e Pau Brasil não impedir que os índios avançassem com as invasões.

Segue reportagem do JN da Rede Globo e acho interessante prestar atenção na introdução feita pelo William Bonner que trata exatamente do que venho questionando aqui. A reportagem apresenta também um pouco do drama vivido pela população da região, extremamente prejudicada por essas ações.

A impressão de quem assiste é de que a PF está no local não para evitar ações violentas. Mas para evitar qualquer ação de retomada por parte dos produtores expulsos de suas propriedades.


O reporter José Raimundo faz também um bom apanhado da origem do problema, mostrando quão arbitrária é a ação da FUNAI.

Esta impunidade com que os índios contam é apresentada também no pronunciamento da Senadora Kátia Abreu dia 18 de abril no Senado, que recomendo assistir após a reportagem a cima.

A região, além de passar por esta onda de terror e impunidade, está sendo castigada por uma seca muito severa. Por isto, os produtores não vêm encontrando pastagens para por o gado que consegue resgatar.

O número de fazendas invadidas está desatualizado pois a reportagem é de terça-feira 17/04/2012.


Esta matéria pode ser encontrada em:
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2012/04/fazendeiros-dizem-que-esta-sendo-dificil-retirar-gados-de-fazendas.html

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Moradores de Itajú do Colônia na BA fazem manifestação para pedir paz

A população de Itaju do Colônia realizou esta semana (18/04/2012) uma manifestação para pedir o fim da onda de violência causada pelas invasões de terras promovidas pelos índios Pataxós na região.


Segue abaixo matéria da TV Santa Cruz que foi ao ar no mesmo dia.

Odília Oliveira, que perdeu a irmã há nove dias em um atentado na estrada, também participou da manifestação. “Nós não somos fazendeiros, não somos indígenas. Aí aconteceu esse fato com a gente e nós queremos justiça”, diz.


O que os produtores, trabalhadores e moradores da cidade mais desejam neste momento é o julgamento da ACO 312 que pode por fim ao impasse.

A matéria completa pode ser encontrada em:
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2012/04/moradores-de-areas-de-conflito-na-ba-fazem-manifestacao-para-pedir-paz.html

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Já somam 72 propriedades invadidas por índios armados no Sul da Bahia, apesar do reforço policial


Nesta quarta-feira (18/04/2012) houveram mais invasões a propriedades rurais na região. Agora somam-se 72 fazendas invadidas pelos índios pataxó hã-hã-hãe. Delas 59 foram invadidas em Itaju do Colônia, 4 em Camacan e 9 em Pau Brasil. 

Representante do Sindicato dos Produtores Rurais de Pau Brasil, Cleide Marta, confirma mais duas fazendas invadidas por índios armados da tribo Pataxó Hã Hã Hãe nesta quarta-feira (18). Uma está situada na região do Rio Pardo e na ocasião, a casa do caseiro foi incendiada. A segunda é a Fazenda Letícia, localizada na região de Ourinhos.

Nesta terça-feira (17/04/2012), trabalhadores expulsos das fazendas invadidas revelaram novamente que os índios estavam armados  e que já entraram atirando no momento da invasão. Durante o dia, alguns produtores que receberam autorização dos índios, retiraram aos poucos os pertences e animais das propriedades tomadas que receberam autorização.

Apesar do reforço policial na região que deveria conter atos de violência, os indígenas continuaram promovendo terror, expulsando trabalhadores a tiros durante toda a semana.

Um trabalhador de uma das fazendas invadidas que estava desaparecido desde domingo (16/04/2012), foi encontrado no início da tarde de hoje. José Carlos Nascimento pediu ajuda na Fazenda de Luiz Machado por volta das 12 horas. Ele contou que se perdeu na mata fugindo, no momento de desespero devido aos tiros dos invasores.

Senadora Kátia Abreu faz pronunciamento contra as invasões de fazendas promovidas pela FUNAI

A senadora Kátia Abreu se pronunciou hoje (18/04/2012) em Brasília a respeito das invasões de propriedades rurais praticadas por índios, promovidas pela FUNAI.

O vídeo foi editado (removemos o início que tratava de outro assunto), mas continua um pouco longo. Porém recomendo muito assistir por ser bem elucidativo do ponto de vista político da questão. É interessante para se ter um claro entendimento das razões pela qual a FUNAI promove tais atos. Para entendermos que os ditos índios, que se afirmam injustiçados e reclamantes de seus direitos, não passam de peões da manipulação política deste órgão federal.
Considero uma manifestação tardia, mas muito importante. Esperamos que a senadora compre a briga e faça pressão política para acelerar o julgamento da ACO 312.
Kátia Abreu é senadora pelo estado do Tocantins e presidente do CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil)

O vídeo original pode ser encontrado em:

PF não encontrou reféns nas propriedades invadidas‎


Jornais da região fizeram questão de publicar que a Polícia Federal não encontrou trabalhadores mantidos reféns nas fazendas invadidas. Uma tentativa de descriminalizar o movimento que trouxe horror a esses trabalhadores no ultimo fim de semana (14-15/04/2012).

Em primeiro lugar a PF chegou muito tarde à região, tendo os fatos das invasões ocorrido no fim de semana, não ha cabimento para os mesmos se deslocarem para o local somente na segunda-feira. Pegaram o final da festa.

Questiono ainda: se a PF esteve na fazenda procurando os reféns e encontrou apenas os invasores. Porque não expulsou os invasores e reintegrou a posse a seus legítimos proprietários?

Em segundo lugar, a PF cumpriu 23 mandados de busca e apreensão de armas em fazendas invadidas em março e mal achou meia dúzia de armas velhas. O objetivo da operação era desarmar os índios para impedir mais invasões. Deu para perceber que não funcionou.

O que se pode perceber é que trata-se de um movimento violento, bem articulado,  organizado e muito bem informado. Os invasores nunca são surpreendidos por ações policiais.

A PF não ter encontrado os reféns é realmente um fato. Mas, tentar descriminalizar o movimento alegando que é mentira que trabalhadores e proprietários tenham sido mantidos reféns é um absurdo.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Manifestação pela paz em Itajú do Colônia

Devido à situação de caos e terror instaurada na região de Itaju do Colônia, pelas  invasões de terra promovidas por índios Pataxó, familiares das vítimas das ações dos índios e demais representantes da sociedade de Itaju realizaram um ato público. A manifestação denominada “Marcha pela Paz” acontecerá nesta quarta-feira (18/04/2012), a partir das 8h30.  percorrendo as principais ruas da cidade, se concentrando na praça Santo Antônio, no centro.

O intuito é sensibilizar os governos Federal e Estadual sobre o drama vivido pelos cidadãos e pedir o restabelecimento da paz e segurança na cidade. Também tem o objetivo de pedir ao STF o julgamento da ACO 312, trazendo um veredicto final ao impasse. A ministra relatora havia informado que a ação seria julgada antes do final do mandato do presidente do STF, Min. Cezar Peluso, que acontecerá nesta quinta-feira (19/04/2012).


Por se tratar de uma bacia leiteira que atende todo o sul da Bahia, a região já vem sendo profundamente prejudicada pelas invasões. Muitos produtores sofrem sérios prejuízos e trabalhadores rurais sem emprego buscam oportunidades em outros municípios.  


Entidades de classe de Itabuna e Ilhéus já se movimentam, no sentido de fazer ver que o Governo tome logo uma solução. Os moradores do bairro Parque dos Rios temem por suas vidas devido às ameaças de invasões ao bairro pelos índios.  

Este blog dá todo apoio ao movimento e convida a todos os leitores a participar. Porque gente honesta e de bem protesta de forma pacifica, sem prejudicar ou destruir.

Mais invasões e sequestros de trabalhadores em Pau Brasil

A matéria publicada hoje (16/04/2012) apresentou mais duas invasões de propriedades em Pau Brasil, sul da Bahia, mesmo com a presença do reforço do policiamento na região.

Quero parabenizar o reporter José Raimundo que vem, de forma muito honesta, apresentando uma pequena fração do drama vivido pela população da região, refém deste grupo terrorista. Contrastando com as coberturas anteriores.


Destaco a imagem do "cacique": um senhor travestido, com um porrete na mão, anunciando os próximos delitos de seu grupo. E questiono: tendo anunciado os próximos passos dos bandidos, cabe à Polícia Federal fazer o que?
Assistir?


Questiono também, se este acirramento das invasões não é uma manobra do grupo para afastar a atenção do assassinato ocorrido na semana passada.


Segue abaixo a edição de hoje cedo do Bom Dia Brasil que destaca além das invasões, os sequestros de trabalhadores:

segunda-feira, 16 de abril de 2012

PF tenta resgatar reféns em fazendas tomadas por índios

Equipes da Polícia Federal voltam na manhã desta segunda-feira (16/04/2012) às fazendas ocupadas por supostos índios da tribo pataxó hã hã hãe na cidade de Pau Brasil, no sul da Bahia. Já são oito propriedades invadidas de forma violenta por este grupo, desde a manhã de domingo (15/04/2012) na cidade.

No fim de semana, também foram registradas duas invasões a fazendas na cidade de Itaju do Colônia. O delegado local, Francesco Santana, afirma já ter pedido reforço de tropas da Força Nacional.

Levantamento das polícias apontam a ocupação de 62 propriedades pelo grupo armado na regiãoentre as cidades de Pau Brasil, Camacan e Itaju do Colônia.

Sagro Dantas, chefe de investigação da Polícia Civil do município de Pau Brasil, indica que ainda não é possível confirmar quantas pessoas, a maioria trabalhadores rurais, são feitas reféns pelos índios desde o fim de semana. O mesmo afirma que agentes civis devem acompanhar a entrada da Polícia Federal na manhã desta segunda-feira.

De acordo com o investigador, um trabalhador da Fazenda Santo Antônio que conseguiu escapar foi à delegacia e informou a presença de 12 famílias ainda no local.

Já na propriedade Monte Alegre, foram libertados, após negociação com os índios, três filhos do proprietário. Na Indiana, três pessoas também conseguiram sair e um foi resgatado pela família na manhã desta segunda-feira.

O gerente de uma das propriedades, Zelito Martins, teme pela segurança de quatro trabalhadores. "Não tenho notícias dele, apenas sei de boatos, de que estão amarrados, sequestrados, mas certeza se está vivo ou morto, a gente não tem nenhuma", afirma.


O produtor rural Paulo Leite, que atua em uma das propriedades, conta que foi expulso e abandonou  no local cerca de mil cabeças de gado. "Tomaram a fazenda, com armas de longo alcance. Temos que procurar alugar pasto, alguma coisa assim", diz.

Meu entendimento é de que além do resgate dos reféns o papel da PF seria o da desocupação das propriedades invadidas e manutenção da posse para os proprietários. Afinal de contas para que raios serve, no Brasil, um título de propriedade?

As polícias da região de Camacã, Pau Brasil e Itajú do Colônia, no Sul da Bahia, ainda investigam o assassinato de uma mulher, que aconteceu na segunda-feira (9/04/2012). Eles suspeitam que a morte da mulher tenha envolvimento com as invasões de propriedades rurais na região.

A polícia não tem pista dos criminosos. Segundo o delegado, os principais suspeitos são os índios que disputam terras com os fazendeiros da região. “Os indígenas possuem armas de fogo de grosso calibre, fuzis 762, privativos do exército”, explicou o delegado Francesco Santana. No entanto, antes ele chegou a afirmar que seguranças de fazendeiros poderiam ter causado a morte da mulher.

domingo, 15 de abril de 2012

Oito fazendas foram invadidas por índios em Pau Brasil

Oito fazendas foram invadidas de forma violenta na manhã deste domingo (15/04/2012) no município de Pau Brasil, no Sul da Bahia, por supostos índios, munidos com armamento de grosso calíbre e longo alcance. De acordo com informações do chefe de investigação da Polícia Civil do município, Sagro Dantas, as fazendas foram ocupadas por volta das 6h da manhã deste domingo. No sábado (13/04/2012), cerca de 40 índios da tribo Pataxó Hã Hã Hãe ocuparam duas propriedades, uma delas a Fazenda Vitória, que foi incendiada recentemente.

Segundo Sagro Dantas, os índios fizeram vários funcionários das fazendas como escudo humano, já que  seguranças estariam encurralados nas sedes das fazendas. A polícia ainda informou que o gerente de uma das fazendas, que também é ex-delegado do município, está mantido refém junto com um trabalhador que faz o transporte do leite.

Ainda de acordo com informações da polícia, não há efetivo para enviar ao local do confronto e a Polícia Civil e Militar não têm autorização para intervir na área. “Quem tem que vir para cá é a Polícia Federal. A área é Federal e nós não podemos atuar. Caso a Polícia Federal venha e solicite o nosso apoio, estamos aqui para dar o suporte” afirmou Sagro Dantas.

A Polícia Federal só se deslocará para a região amanhã, segunda-feira (16/04/2012).

É incrível assistir a imobilidade das forças do estado. Imagino que a situação seria diferente se houvessem propriedades de membros do governo entre as invasões.

sábado, 14 de abril de 2012

Fazenda incendiada após assassinato é invadida na manhã deste sábado

Na manhã de hoje (14/04/2012) a Fazenda Vitória, nas proximidades de onde houve o atentado a tiro na segunda-feira (9/04/2012), incendiada na sequencia, foi invadida pelos “índios” Pataxó Hã hã hãe. 

Destruição causada pelos invasores. A intenção
era culpar o proprietário para tomar a fazenda depois.
Após incendiar a casa e passar a semana tentando incriminar o proprietário, os invasores retornaram à propriedade nesta manhã e a tomaram, expulsando os poucos trabalhadores que tiveram coragem de retornar ao trabalho. 

A invasão neste momento não mais incrimina os invasores do assassinato como teria acontecido na segunda-feira. Mas continua configurando crime de esbulho. Principalmente por como é realizada, por homens fortemente armados.

Policiamento que deveria proteger
apenas assiste a violência
O que mais causa estranhamento é que apesar da proximidade da cidade e dos fatos ocorridos nesta semana, a propriedade não tenha contado com o menor apoio das forças instaladas na região para PROMOVER A PAZ. 

Reportagem do JN fala sobre a situação em Itaju do Colônia

Reportagem do Jornal Nacional da Rede Globo de sexta-feira (13 de abril de 2012), apresenta a situação de calamidade que a população de Itaju do Colônia vem enfrentando por consequência das invasões promovidas pelos índios Pataxó. 

É apresentado um depoimento do marido da mulher assassinada e do produtor que teve sua fazenda destruída pelos bandidos. Sem manipulação, o depoimento do delegado de Itaju do Colônia destaca que os "índios" invasores de terra  são os principais suspeitos deste assassinato ocorrido na ultima segunda (9/04/2012).  



Trata de um retrato claro da situação do povo na região, da falta de segurança, emprego e dignidade daqueles que expulsos de suas propriedades não tem para onde ir.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Jornais e Blogs da região promovem campanha para desviar a culpa do assasinato em Itaju para o proprietário da fazenda invadida

"Digamos que você tenha uma casa, e na porta da sua casa uma pessoa é mordida por um cachorro.
A lógica diz que foi o seu cachorro quem mordeu,certo?
Mas e se você nem tem cachorro em casa?
E se sua vizinhança tiver sido tomada por cachorros maus e loucos para tomar sua casa?
Ainda assim, foi seu cachorro que mordeu o transeunte?"
Desde janeiro assistimos ao terror promovido por índios na região de Itajú, Pau Brasil e Camacã: trabalhador rural baleado; destruição de casas, currais, cercas e pastagens; roubo de gado; roubo de pertences dos trabalhadores escorraçados as fazendas; estradas bloqueadas e ameaças a quem tentar trafegar na região. No feriadão (6 a 8 de abril, 2012) o quadro se repetiu: “índios” armados com rifles e fuzis invadiram mais 3 fazendas. Os “índios” comemoravam: “Falta apenas uma, falta apenas a faz. Vitória”.

Desde janeiro assistimos aos proprietários recorrendo à justiça para reaver o que é seu por direito, apelando até para a boa vontade dos bandidos. Seu por direito pois nunca ouve reserva na região, nunca foi encontrado um vestígio arqueológico de ocupação da área por povos indígenas. Há quase um século famílias de brasileiros produzem o alimento que chega à nossas mesas na região e para o resto do Brasil, gerando emprego e renda, desenvolvendo os três municípios. Em momento algum foi registrado uma reação violenta em retorno às invasões e roubos sofridos por esses produtores.

Um dos líderes do movimento ARMADO que expulsa com VIOLÊNCIA trabalhadores dos seus locais de trabalho se declara inocente. E toda a mídia parte para acusar o produtor rural. O produtor que é na verdade outra vítima dos atos de terror da segunda-feira. Que teve sua casa incendiada. Prestador de serviço que perdeu a confiança de seus clientes. Não teve a fazenda ocupada, pois ocupar seria assinar a confissão de assassinato, mas viu ser destruído o que sua família vem construindo por gerações.

Infelizmente, as notícias que geralmente nos mantêm "informados", são construídas por pessoas. Parece natural que sejam construídas por pessoas e não uma infelicidade. Então porque reitero que seja uma infelicidade?
Porque pessoas têm gostos, convicções, crenças e PREÇO!

As matérias que tenho lido, baseadas na publicação do jornal A tarde pecam no básico do que se aprende no curso de jornalismo. Dá-se grande destaque à palavra do “cacique” (o mesmo que tentou convencer que o roubo de gado não era responsabilidade dos índios) e toma-se como verdade. O proprietário (acusado) nunca foi procurado. Até a palavra do delegado é distorcida. A polícia indica que ainda não possui evidencias de que o crime fora cometido por índios. Mas nunca descartou esta possibilidade. E como uma boa investigação deve ser feita, abre-se para outras possibilidades, inclusive de que possa ter sido engendrada pelos produtores rurais.

Triste do país que não valoriza seu produtor rural. Agente se acostuma a viver em cidades, comer em restaurante, comprar em supermercados etc. Esquecemos de onde vem a comida. Índio não produz alimento para abastecer supermercados e restaurante em Salvador, Ilhéus, Itabuna, V. da Conquista etc. Achar que problema no campo é problema do campo; do “fazendeiro”, “latifundiário” etc., é ignorância. Quando, depois de amanhã, você for comprar a picanha para o churrasco de domingo, ou o bife para o feijão com arroz do dia-a-dia e se assustar com o aumento do preço da carne. Lembre-se que você é um dos que apoiaram a desocupação de 54 mil hectares de fazendas produtivas. Que você apoia um movimento que destroi fazendas e promove emboscadas em estradas. 

O pior é que enquanto estamos aqui divagando, o STF adia a solução deste pesadelo.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Vítima de emboscada em Itaju do Colônia foi enterrada nesta terça feira

Maria Santos de Oliveira, vítima de emboscada que ainda atingiu sua irmã, foi sepultada ontem (10/04/2012). A irmã segue internada em Itabuna, mas passa bem. A família ainda está muito abalada. O marido já prestou depoimento.
"Minha esposa caiu no meu colo. Eu achei que ela tinha se abaixado devido a minha cunhada também se abaixar atrás. Aí eu gritei rápido 'não atira, tem criança no carro'. Um deles veio todo encapuzado. Quando viram que tinha criança, disseram 'vaza,vaza'", relata Franklin Reis, marido da vítima.
É provável que a emboscada tenha sido planejada para um dos proprietários das fazendas invadidas ou para o dono da Faz. Vitória. Devido à proximidade desta fazenda, era comum que os produtores se encontrassem no local. Era a única área ainda não invadida e seu proprietário dava apoio a outros produtores com fazendas invadidas, cedendo pastagem. As vítimas devem ter sido confundidas por possuir carro semelhante ao de alguns destes produtores.

Ao observar que haviam matado uma pessoa que nada tinha com as propriedades invadidas, desistiram de ocupar a Faz. Vitória, o que representaria uma confissão do assassinato. E atearam fogo nas instalações, destruindo tudo.

Agora, os invasores, buscam direcionar a opinião pública, responsabilizando os produtores. Acusando-os de pistolágem, de manter policiais acampados nas fazendas para impedir as invasões.

Questiono eu: se os produtores têm (ou tinham) pistoleiros guardando as propriedades, por que todas foram invadidas? Porque nunca foi noticiada a resistência ou retomada de uma fazenda por parte dos produtores rurais?

A percepção que tenho, acompanhando o que ocorre na região é de que em momento algum fora cometida qualquer ação violenta pelos produtores rurais. Que desde o inicio das invasões buscaram os meios legais para reaver seus bens. Chegando a negociar autorização dos próprios invasores para retirar o gado que ainda lhes restasse nas propriedades, na tentativa de reduzir o enorme prejuízo sofrido.

Por outro lado, o testemunho do marido da vítima corresponde sim ao comportamento observado pelos trabalhadores expulsos das propriedades invadidas: homens violentos, armados e atirando antes de declarar seus objetivos. Até o armamento descrito pelas vítimas é semelhante ao descrito pelos trabalhadores expulsos das fazendas.

O que foge ao padrão é a utilização de capuz cobrindo o rosto. Provavelmente um subterfúgio, devido à proximidade da cidade. Na região, quem circulam de moto na estrada Itaju – Pau Brasil são os invasores. A todo momento podem ser observados.

Carro das vítimas.
A bala atravessou o pára-brisa, atingiu as
duas mulheres e saiu pelo vidro traseiro
As Polícias Civil e Federal iniciaram na manhã de terça-feira (11/04/2012) as investigações. O carro foi periciado. O único tiro disparado acertou a cabeça da vítima e atingiu o braço da irmã que estava no banco de trás. Outras pessoas devem ser ouvidas, como os trabalhadores e o dono da fazenda incendiada. Os depoimentos devem ajudar a polícia a esclarecer os fatos e localizar os autores do crime.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Mulher assassinada próxima a fazenda poucos instantes antes de ser invadida

Na tarde hoje (09/04/2012), por volta das 14h, Maria Santos de Oliveira, foi executada com um tiro na cabeça em Itaju do Colônia. Sua irmã Odília Santos Oliveira, foi baleada no braço e está internada no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, em Itabuna.

Segundo informações da delegacia da cidade, Ana Maria Santos de Oliveira, 34 anos, estava com seu esposo, seu filho e suas irmãs em uma caminhonete, voltando de uma visita a parentes na fazenda Alegre quando o crime aconteceu.

Segundo testemunha, quatro homens encapuzados participaram do crime, que ocorreu em frente à Fazenda Vitória, 800 metros da área urbana de Itaju do Colônia.

Minutos depois, a Fazenda Vitória foi invadida e destruída pelo fogo por índios Pataxó Hã hã hãe.

Imagem da sede da Fazenda Vitória
sendo vandalizada pelos "índios"
fonte: O trombone dos municípios
A Fazenda Vitória é uma propriedade titulada que além da produção de gado possuía uma estrutura sem paralelo na região para reprodução de equídeos de raça, recebendo animais de grandes produtores de todo o estado, gerando emprego e desenvolvimento para a cidade de Itaju do Colônia. Sua posição privilegiada, próxima à zona urbana, às margens do Rio Colônia, era desejada há muito tempo pelo grupo de invasores. 

O delegado de Itaju, Francesco Denis, está fazendo diligências para tentar identificar e prender os acusados do assassinato e da tentativa de homicídio. 

Os homens da Companhia Independente de Polícia Especializada (Cipe) Cacaueira e da Polícia Federal, deslocados para a região para garantir a paz e trazer tranquilidade à população do município, nada fizeram para conter os atos de barbárie que ocorreram a menos de um quilometro de suas bases de operação. 

Segundo moradores, as estradas estão fechadas novamente pelos pataxós e quem se atrever sair pelo distrito de palmira, sentido Jacareci ou Pau brasil, pode ser emboscado pelos invasores.

Índios armados invadem mais três fazendas no feriado

Aproveitando-se novamente da desmobilização das forças policiais por conta do feriado da semana santa, o grupo de bandidos que se denominam Pataxó Hã hã hãe, invadiram mais três propriedades rurais em Itaju do Colônia.

Seguindo o mesmo padrão de operação, os bandidos entraram armados nas propriedades, atirando e ameaçando os trabalhadores.

Sem contar com o apoio do destacamento da polícia militar que está na região para “garantir a paz” os trabalhadores foram obrigados a deixar a propriedade, abandonando seus pertences.

Mais uma vez o governo do estado não garante a segurança necessária, prometida à população, deixando o espaço aberto para o avanço da violência e vandalismo. Como pode a região estar segura se os bandidos continuam avançando com seu arrastão?

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Justiça Federal determina reintegração de posse de fazendas invadidas em Itaju do Colônia

A partir do dia 29 de março (2012) a Justiça Federal de Ilhéus começou a determinar as primeiras reintegrações de posse aos proprietários que tiveram suas fazendas invadidas em fevereiro por grupo de supostos índios armados. Até o momento são apenas três propriedades. 

Um dos proprietários beneficiados pela decisão contou que ficou feliz, pois já amarga prejuízos irrecuperáveis em decorrência da invasão, somando roubo de gado, bens e depredação das benfeitorias. O mesmo confessa que estava desanimado frente a tamanha impunidade observada e a demora do STF, cuja ministra relatora havia afirmado queseria para já o julgamento da ACO 312. 

Sua preocupação agora diz respeito a ser reintegrado, mas não poder manter a posse, pois estará ilhado entre fazendas ocupadas por bandidos perigosos, altamente armados. Esta mesma propriedade havia sido invadida e reintegrada em 2010/2011. E mesmo com garantia de manutenção da posse e interdito proibitório expedidos pela Justiça Federal, voltou a ser invadida no arrastão de fevereiro. Desta vez, com tamanha brutalidade que um trabalhador que lá estava procurando emprego acabou baleado, pois não quis abandonar seus pertences pessoais.

Os proprietários e seus funcionários aguardam agora que a Justiça Federal encaminhe ordem ao oficial de justiça da região para reintegrar a propriedade. Afirmam que se sentiriam melhor se outras propriedades fossem devolvidas ao mesmo tempo. Pois cercado pelos bandidos não se sentem seguros para retomar as atividades das fazendas.
Ocultamos o nomes das propriedades e dos proprietários para evitar que os invasores causem mais destruição em decorrência da eminência da desocupação.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Índios Pataxó Hã hã hãe destroem pastagens e estruturas das fazendas invadidas

Semana passada trafeguei na estrada Itaju - Pau Brasil, região que sofre as invasões dos supostos índios Pataxó. Pude verificar a transformação de uma região muito produtiva (principalmente pecuária) na triste visão de uma área abandonada.

Algumas barreiras de pedras e troncos de árvores ainda podem ser encontradas à beira da estrada e um pouco gado em algumas áreas. Me informaram que os invasores estão alugando pastagem para produtores de outras regiões.

Algumas imagens me chocaram nesta viajem, entre elas a destruição da pastagem. Neste processo de locação do pasto, os invasores, sem o cuidado que teriam produtores, não dão o devido descanso ao pasto para que este se regenere, arrasando-o.

Estacas queimadas e arame cortado,retrato
da depredação do patrimônio alheio
Outra coisa que me chamou a atenção é a destruição de cercas com fogo. Em vários trechos da estrada pude observar que as cercas foram queimadas. Os invasores ateiam fogo ao capim ceco pela estiagem para queimar e destruir as cercas. Isso facilita o deslocamento deles entre as propriedades e principalmente causam enorme prejuízos aos proprietarios.

Os bloqueios da estrada foram tirados, mas o trecho que liga a região a municípios como Itapetinga e Potiraguá, pelo distrito de Palmares ainda está bloqueado com a remoção do mata-burro.

A imagem que me restou é muito triste. Observei a destruição de uma região bonita e produtiva. Me marcou bastante observar a hipocrisia dos invasores que sempre atacam os produtores rurais por destruiriam as matas para produção de gado, e estão alugando as pastagens, sem critérios e cuidados com a terra, destruindo e queimando as cercas.