quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

inFeliz Aniversário

O estado do Rio de Janeiro comemorou esta semana uma vitória da ordem sobre o desmando. Em compensação em nossa região, apesar da presença da força nacional de segurança, ainda impera a criminalidade. Estamos completando um mês da presença do estado na região, porém este é inoperante ou conivente, pois nenhuma das propriedades foi reintegrada.


Com a ação do estado no Rio e a indicação dos nomes para a equipe da Dilma nesta semana, a imprensa está muito ocupada para se preocupar com trabalhadores que a quase dois meses foram expulsos sob mira de armas de terras onde produziam a riqueza da região.


Será que o destino de Itajú e Pau Brasil é se tornar reduto daqueles que se julguem minoria etnica injustiçada? Será que vai se tornar reduto de fugitivos da lei que encontram abrigo na impunidade assistida por organizações corruptas?


Nos entristece muito imaginar que este será o fim de uma região tão bonita e produtiva. Vamos esperar por justiça. Pois assim como ela está chegado no Rio, vai nos contemplar com certeza.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Corpo de ex-vereador morto a facadas por índio é enterrado em Pau Brasil

Será sepultado às 17h desta sexta-feira, 26, no cemitério do município de Pau Brasil, a 551 km de Salvador, o corpo do ex-vereador Edmilson Pereira de Oliveira, de 32 anos. Edmilson foi assassinado na noite de quinta-feira, 25, com uma facada no coração, por um índio de 16 anos.

Edmilson Pereira de Oliveira estava no bar Point da Galera, no município de Pau Brasil, no Sul do Estado, quando foi surpreendido com uma facada no coração proferida por um índio pataxó de 16 anos, com quem estava acompanhado. Segundo depoimento de outro adolescente, de 14 anos, que também acompanhava Edmilson na hora do crime, o índio e a vítima seriam homossexuais e teriam um caso.

Ainda segundo o adolescente, o índio estava embriagado e, após uma crise de ciúmes, esfaqueou o ex-vereador, que morreu no local. Após cometer o crime, o índio fugiu para a região conhecida como Ourinhos, onde há acampamento de indígena da tribo Pataxó.

De acordo com a polícia local, o pai do pataxó, Edmundo Bento da Silva, se comprometeu a apresentar o filho na Delegacia de Pau Brasil até este sábado, 27. A polícia informou, ainda, que pedirá à Justiça o fechamento do estabelecimento, pois o mesmo comercializava bebidas alcoólicas a menores de idade.

Desolado com a morte inesperada do filho, o pai de Edmilson, Luis Carlos Pereira de Oliveira, afirmou que o filho defendia a causa indígena e era querido por todos na região. "Ele era um homem de bem, não merecia morrer assim. Quero justiça", protestou.

Fonte: Atarde on line

É válido destacar que se trata do segundo assassinato cometido por índios na região em pouco mais de um mês. Seria um caso do acaso ou produto da impunidade?

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Falsa causa indianista

Gostaria de justificar algumas considerações feitas no blog, para que não seja acusado de partidário ou parcial.

Diferentemente da mídia, tenho tratado os acontecimentos como invasões ilegais e buscado dar destaque à violência destas. Faço isto por vivenciar a situação. Por estar em constante contato com os trabalhadores que vêem sua fonte de sustento tomadas sob a mira de armas. Escuto destes a falta de perspectiva de futuro diante da conivência daqueles que deveriam assegurar a ordem e o cumprimento da lei.

Outro ponto que tenho sido recorrente trata da auto afirmação dos invasores como pertencentes a etnia Pataxó Hã-hã-hãe. O faço, novamente, por conviver com as pessoas da região e saber de casos (nada raros) de sujeitos que "se tornam" índios.  Indivíduos que viveram suas vidas inteiras na cidade, sem algum vinculo com cultura Pataxó. E que ao surgir a oportunidade de ser beneficiado, aceita ser cadastrado como indígena. Em minhas pesquisas, tive acesso inclusive a documentos antropológicos que apontam para uma quantidade ínfima de indivíduos pertencentes à dita etnia.

Tenho tocado tanto na questão da ilegalidade destas invasões, pois mesmo que se tratassem de 300 índios da etnia Pataxó Hã-hã-hãe, estes não teriam direito a invadir as propriedades. Muito menos expulsar os proprietários e trabalhadores sob a mira de armas. Se a propriedade e a posse legais são dos produtores rurais, caberia aos índios pressionar o STF. Que é quem deve julgar a validade destes títulos de propriedade. E não, com violência, aqueles que dela produzem (com o suporte da lei) alimentos e renda para a região. Se a justiça é morosa e prejudica os indivíduos pertencentes à reserva. Dever-se-ia invadir o tribunal, acampar em brasília em frente ao congresso. E principalmente, entender que minha contraparte em uma ação judicial não é necessariamente meu inimigo.

Em meu contato com a região e com as partes envolvidas no conflito, tive a oportunidade de perceber que estes se dão na verdade, devido à ganância de funcionários de órgãos do governo federal por repasse de verbas. É importante para estes individuo que índios sejam fabricados, e se precise de mais e mais terras para acomodá-los. Afinal, a este órgão público pouco importa a geração de emprego e renda em uma região como aquela.

O governo do estado buscou há quase um século a ocupação e o desenvolvimento da região; vendeu as terras, registradas e tituladas. É justo que o interesse de funcionários corruptos da Funai MATE uma região tão produtiva?

domingo, 14 de novembro de 2010

Peritos da Polícia Federal chegaram a Pau Brasil para investigar a nova versão sobre assassinato ocorrido durante a invasão

Desde o início de nossa cobertura denunciamos que o assassinato do índio invasor de propiedades agrícolas José de Jesus Silva não era fruto de uma emboscada. A versão amplamente divulgada pela mídia, já fora completamente desmentida. Por algum motivo os acusadores, que na verdade participaram do assassinato, foram liberados da acusação de calúnia. Mas estariam presos, sob acusação de homicídio culposo, aguardando o inquérito do crime.

Na ultima terça-feira (09) peritos da Polícia Federal chegam a Pau Brasil, para investigar a nova versão deste crime. Os assassinos declararam que teria sido um acidente. Evidentemente que é uma teoria um tanto absurda e na região já é tratada como artifício para diminuir a pena sobre os assassinos. (Correio da Bahia)

Esperamos que a verdade venha a tona, a justiça seja feita e que os assassinos paguem por suas ações.

Cerca de 60 índios invasores de terra são retirados de fazenda em Ilhéus pela Polícia Federal

Cerca de 60 índios da tribo Tupinambá foram retirados pela Polícia Federal e a Força Nacional na manhã desta quinta-feira (11) de uma fazenda na região de Sapucaeira, em Ilhéus, a 430 km de Salvador. Para entrar no local, o portão de acesso teve que ser quebrado. Os índios chegaram a bloquear a estrada causando transtornos no trânsito. (Correio da Bahia)

Desde outubro, várias regiões do nosso país vem sofrendo com invasões de terra por indígenas, ou auto-denominados indígenas, supostamente, com o objetivo de pressionar a justiça para o julgamento de ações de nulidade de títulos, impostas pela Funai contra os proprietários das terras invadidas.

Temos acompanhado estas invasões, que de uma forma geral, acontecem com violencia, por indivíduos armados. Expulsam os proprietários e, em vários casos, saqueiam e depredam estas propriedades.

Os invasores ocupavam esta fazenda há dois meses. Porém a propriedade possuía um documento que não permite a permanência deles no local. A fazenda foi inspecionada para confirmar se os bens dos proprietários não foram retirados e a proprietária não informou sobre saques. O acordo entre a proprietária Penina Marques e a cacique Maria Ivonete foi pacífico.

Detalhe importante é que algumas das propriedades invadidas em Itajú/Pau Brasil possuem o mesmo documento que proíbe a permanencia destes invasores nas propriedades. Porém, o contingente da PF e da Força Nacional que está na região ainda não se pronunciou sobre realizar as reintegrações destas propriedades.

sábado, 13 de novembro de 2010

Se somos todos iguais, porque alguns são mais?

O Brasil é uma Nação Miscigenada  com uma característica raríssima no mundo. Afinal, em que outro país formado por povos tão diferentes, estes coexistem de forma tão harmoniosa? O Oriente Médio, África do Sul, Irlanda e os EUA até a década de 70 são exemplos de países divididos por questões raciais e religiosas. Países que são formados por povos diferentes e que possuem dificuldades de estabelecer sua identidade e soberania. A França, por exemplo, vem sofrendo severas críticas internacionais por instaurar uma lei que fere costumes muçulmanos.

O Brasil não sofre com este problema, é formado por índios, negros, portugueses, espanhóis, italianos, árabes e a lista continua. E todos estes, coexistindo harmoniosamente, compartilhando o entendimento serem brasileiros. E é este entendimento unanime que nos torna uma nação e permite nosso desenvolvimento.

O Brasil desenvolve políticas responsáveis e cívicas par inclusão de cidadãos que de uma forma ou de outra vivam à margem da sociedade. Estas ações devem ser fortalecidas, pois são a base da formação de todas as nações fortes. Todos os povos que imigraram para o nosso território possuem o mesmo direito de serem brasileiros, independente de quando houve esta migração. Independente de ter ocorrido antes ou depois da colonização portuguesa, deve-se promover a inclusão social com respeito e preservando a sua cultura. Ao se privilegiar grupos conforme origens antepassadas, estamos discriminando as demais. Todos os brasileiros devem ter direitos e responsabilidades iguais.

Não importando sua origem, o cidadão brasileiro deve ser cumpridor da lei e sofrer as penalidades quando as descumprir. Desta forma, ao privilegiar uma minoria sob o pretexto de se estar fazendo justiça social, ou reparando ações do passado, corre-se um grande risco de que estas ações não passarem de ações discriminatórias. Quando se permite invasões de propriedades privadas por grupos armados, depredação deste patrimônio e não se cumpre a lei, sob a justificativa de se tratar de minoria étnica, se está promovendo racismo.

Se todos somos cidadãos brasileiros, possuímos obrigações e direitos que cabem a este. Porque alguns cidadãos brasileiros têm mais direitos e menos obrigações que outros.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Índio Pataxó foi morto pelo irmão

O (auto afirmado) índio pataxó hã-hã-hãe Antônio Jesus Silva, o "Caburé", confessou ter sido o autor dos disparos que mataram José de Jesus Silva, de 37 anos que foi morto na noite do dia 23 de outubro, em frente à Fazenda Boa Vista, no município de Pau Brasil.

Caburé, irmão de José de Jesus, afirmou que o disparo foi acidental. Ele contou à Polícia Federal que estava manuseando um revólver calibre 38 do "índio" Anderson Souza Melo no banco traseiro do carro em que os três estavam quando acertou o irmão, que estava à sua frente. A vítima ainda abriu a porta do carro e caiu, como que tentasse fugir.

A nova versão surgiu na semana passada, quando os agentes da Polícia Federal descobriram que os tiros que mataram José de Jesus foram deflagrados de dentro do carro e não de fora, como contaram os índios logo após o crime.

A versão anterior, largamente disseminada pela mídia, era de que dois homens em uma moto fizeram os disparos enquanto o pataxó abria a cancela da Fazenda Boa Vista, invadida há quase 1 mês pelo grupo. Os assassinos quiseram fazer a polícia acreditar que os produtores rurais estavam por trás do crime. Assim fortaleceram o grupo e jogaram a opinião pública contra os proprietários das fazendas invadidas.

Peritos da Polícia Federal estão em Pau Brasil para investigar a versão de que o índio foi morto acidentalmente. Caburé deve ser indiciado por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Apesar da versão ser um tanto estapafúrdia. Anderson foi enquadrado por porte ilegal de arma.

As denuncias feitas pelo irmão da vítima após o crime poderiam ser enquadradas como calúnia. Porém a PF fechou os olhos para este delito e nenhum dos participantes foi indiciado por este crime.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Demorou mas saiu.

Demorou bastante entre a nossa postagem feita logo após assistir a reportagem da TV Santacruz, e encontrarmos um eco desta notícia na mídia. De sexta, dia 5 até terça, dia 9. Mas, antes tarde que mais tarde. Encontramos duas referencias publicadas hoje à tarde. Uma no Terra e a outra no JC. O interessante é tentar entender como essa notícia chegou tão longe (Terra e JC estão instalados no sudeste), mas não chegou aos jornais de Salvador.



Agora vem uma coisa ainda mais interessante. A fonte do Terra (repare no final da nota, em cinza) é o ATARDE. Tentei encontrar a mesma nota no jornal Baiano, mas sem sucesso. Curioso não é?!

Mas, nos concentrando à notícia surge um fato também interessante:
"Jorge de Jesus Silva, escapou de ser indiciado por informação caluniosa."
Porquê? 

Ah! Lei que vale pra branco (negro, asiático, árabe; quem paga imposto.) não vale para índio não é?!

Ao menos os dois criminosos pagarão por (parte dos) seus crimes. Resta saber quando findará a barbárie que a mais de um mês se instaurou na região. E que por algum motivo, tem o apoio da Polícia Federal. Afinal, se existe um contingente de 30 homens na região, PORQUE NÃO SE CUMPRE A LEI e realizam as reintegrações de posse? Onde lê-se "Força Nacional ocupa área de conflito em Pau Brasil" hoje conclui-se, "há 10 dias forças federais mantém a desordem  e o desmando em Pau Brasil. Afinal, a maioria das propriedades invadidas, além de serem legais, possuem interditos proibitórios e, desta forma, não carecem de fazer pedido judicial de reintegração de posse.

Invasor de terra é indiciado por suspeita de matar irmão na Bahia

Antônio de Jesus Silva, que há cerca de um mês participa das invasões de 6 propriedades agrícolas, foi indiciado na segunda-feira pela morte do irmão que também participava das invasões José de Jesus Silva, 37 anos. Ambos pertenceriam à etnia Pataxó hã-hã-hãe. O crime aconteceu no último dia 20 de outubro, no município baiano de Pau Brasil, a 551 km de Salvador, a 50 m da Fazenda Boa Vista, que está entre as propriedades invadidas desde o dia 4 de outubro.

José Silva levou um tiro nas costas enquanto Antônio manuseava um revólver calibre 38 do índio pataxó Anderson Souza Melo, dentro do carro em que os três estavam. Antônio foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar), e Anderson foi enquadrado por porte ilegal de arma. No depoimento que deram à PF, Anderson disse que estava com a arma e Antônio pediu para examiná-la, sem saber que estava com munição. Em um dado momento, a arma disparou, atingindo José Silva, que dirigia o carro. A vítima ainda abriu a porta do carro e caiu (como se fugisse).

José foi socorrido, mas morreu antes de chegar ao hospital. A arma e o veículo serão periciados, e o inquérito vai direto para a Justiça comum, segundo a chefe da delegacia da Polícia Federal em Ilhéus, Denise Dias.

Outro irmão da vítima, Jorge de Jesus Silva, que também estava no carro no momento do crime, escapou de ser indiciado por informação caluniosa. Ele disse na delegacia de Camacan que o irmão teria sido baleado por um pistoleiro, que estaria de tocaia e fugiu de moto. Segundo o coordenador da Funai na aldeia Caramuru, Wilson Jesus de Souza, Jorge teria mentido para evitar conflito entre parentes.

O fato é que a calúnia repercutiu para todo o país, construindo uma imagem de que os produtores rurais seriam mandantes de pistolágem. Assim, Jorge de Jesus Silva se livra de ser indiciado pelo crime de calúnia pois utilizou-se de um artifício com o objetivo de fortalecer ódio e a revolta. E assim manter unido o grupo criminoso do qual faz parte.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

"Reviravolta" no caso do assassinato do suposto índio

Acabamos de ser (nada) surpreendidos com uma notícia veiculada pela TV Santa Cruz, afiliada à Globo. Segundo a reportagem uma "reviravolta" ocorreu no caso do assassinato do suposto índio José de Jesus da Silva. A polícia fora informada que o assassinato teria sido um acidente causado por outro suposto índio que participa da invasão.
 

E quem foi que disse que havia apurado uma história parecida? 

Como é fácil usar a mídia para semear calúnia?!

Agora vamos aguardar a mídia. Assistir a retratação às injustiças cometidas pela campanha que promoveram. Hoje é sexta-feira, será que eles emplacam esta matéria no fantástico?

A reportagem mostrou a arma, o carro furado de bala. Faltou o suspeito. Mas estamos no aguardo de mais notícias.

Força de paz para impedir injustiças

Muito foi veiculado nesta semana sobre a chegada da Polícia Federal e da Força Nacional à região para investigar o assassinato e principalmente garantir a paz.

PF monta operação para evitar conflito de índios e agricultores na BA – é interessante atentar para o subtítulo. Emboscada?!?

Esta ultima matéria citada destaca:

 “Uma equipe da superintendência da PF de Ilhéus (BA) foi ao local e identificou o risco de conflitos entre índios e agricultores por conta de questões de terra.”

Quando terminamos de ler a matéria imaginamos índios de arco e flecha lutando contra pistoleiros armados. E no momento certo. A Polícia Federal chega e pacifica a região. Isto porque não era interessante (ainda quero saber interessante a quem) informar que na realidade a PF foi à localidade para impedir novas invasões.


Quem visita a região percebe rapidamente que a tensão instaurada é acerca de novas invasões; de mais violência. E por este motivo a Policia Federal está na região.

Ninguém teve o interesse de publicar que a força tarefa entrou nas propriedades e recolheu todos os indivíduos que não possuíam a identificação de indígena fornecida pela Funai. Detalhe importante é que de 350 invasores (número largamente divulgado pela mídia) divididos entre as 5 propriedades, restaram cerca de cinco por propriedade.

Campanha contra a produção de alimentos e geração de empregos; de quem será o interesse?

Desde a ocorrência das invasões na região (4/10) a mídia do estado (que atualmente está interligada com redes de alcance nacional) vem estranhamente favorecendo o desmando. Venho acompanhando sistematicamente as publicações:


Atentem para o termo “ocupação”. Ocupação não presume expulsão dos trabalhadores sob mira de armas de fogo, nem arrombamentos de casas, ou forçar a retirada de todo o rebanho. Atentem também para o espaço dado ao depoimento dos supostos índios e o espaço dado aos produtores rurais.

Felizmente o outro veículo agiu de forma menos parcial, porém demasiadamente sucinto:


A repercussão deste crime foi pequena, apenas estas duas notas, que foram replicadas em seus paralelos impressos e televisivos.

Eis que então um fato brutal ocorre na região. Um dos invasores é assassinado a tiros. Rapidamente surgem matérias afirmando:



Atentem também para os comentários. As notas abaixo receberam comentários meus, que simplesmente não foram publicados.

http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5640492 – nesta pedi para que mais espaço fosse dado às suspeitas da polícia federal que para acusações feitas por criminosos.
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/10/pf-investiga-assassinato-de-indio-pataxo-na-bahia.html - reparem nas fotos que aparecem nas duas matérias. Se trata da mesma pessoa? Existe feição de índio na foto do documento desta matéria?

Estes veículos então iniciaram uma campanha acusatória contra os produtores rurais que tiveram suas propriedades invadidas. Campanha que em minha opinião culminou com a cobertura no Fantástico, afirmando: “segundo familiar da vítima este foi emboscado por pistoleiros a mando dos fazendeiros”.  Acusação criminosa que de tão ecoada já soava como verdade em discussões a respeito do caso.

Percebe-se uma completa mudança no tom das coberturas. O termo invasão, discreto até então é substituído por retomada.  

Após o sepultamento do suposto índio, as investigações da polícia começam a tender para a teoria de que o crime tenha sido cometido por outro dos invasores. Este, motivado por discussões internas ou porque ele teria sido confundido com uma tentativa de retomada das terras a mando dos proprietários. Informação que eu apurei. Pois a mídia nunca mais publicou nada sobre as investigações. Eles simplesmente mudaram de assunto.

Citar o depoimento de uma pessoa libera o jornalista da responsabilidade sobre a afirmação. Mas a composição do texto e a massificação de uma citação é tão prejudicial para o entendimento do fato quanto uma afirmação própria. Se algo foi tão veementemente ecoado deve significar que se acredita nisto.

Percebemos, com a leitura, que estes veículos nos direcionam a crer que a ação dos invasores é legal. Ou pior. Que invasores são os produtores rurais. Que os proprietários são os criminosos. Coronéis, truculentos e poderosos.

Digo pior, pois tive a oportunidade de ouvir as partes. E dos produtores além de conhecer a situação por que passam, tive em mãos os títulos de compra, fornecidos pelo governo do estado. Registrados, tudo como manda o figurino. Tive acesso até a recibos de cobrança de ITR (imposto territorial rural), pagos, classificando esta propriedade como minifúndio produtivo.

Agora deixo as perguntas:

De quem é o interesse por construir uma cultura contra produtores rurais?

Quem em sã consciência é tão contra a manutenção da ordem e do progresso em nosso país?

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Desmandos e injustiças no Sul da Bahia

Madrugada de segunda-feira, 4 de outubro de 2010, entre os municípios de Itajú do Colônia e Pau Brasil no sul do estado, produtores rurais vivem momentos de terror. Cerca de 70 indivíduos armados invadem cinco propriedades e expulsam os trabalhadores, de maneira truculenta.

O pretexto utilizado pelo grupo é de pertencerem à etnia Pataxó hã-hã-hãe alegando que estas propriedades estão dentro de área pertencente á reserva destinada aos mesmos. São apoiados por Organizações não Governamentais com o interesse de desestabilizar a soberania de nossa nação, e grupos criminosos que fornecem armas de alto calibre e pessoal para as ações violentas. Liderados por um órgão federal, que conduzido por inescrupulosos, incentiva o conflito com a finalidade de obter recursos, que são desviados em benefício próprio. Deixando os próprios índios à sua mercê.

 As fazendas são uma porção ínfima da área citada em uma ação (ACO 312 no STF) de 1982 na qual a Funai reclama em torno de 55 mil hectares. O detalhe mais importante é que todas as fazendas possuem títulos de propriedade que foram adquiridos junto ao estado da Bahia entre as décadas de 30 e 40 do século passado. Antes mesmo da indicação da reserva. Apesar destes dados o STJ ainda prorroga esta decisão, o que abre espaço para que estes grupos promovam barbárie e violência.

Todos os imóveis rurais são produtivos, estão em dia com seus tributos e obrigações trabalhistas. Respeitam o meio ambiente, praticando a exploração da terra de forma responsável e sustentável. Nenhum dos produtores invadiu ou tomou algum território, mesmo em tempos passados. Os títulos foram comprados e emitidos pelo governo do estado. As fazendas foram construídas ao longo de mais de 70 anos legitimados pelo estado. Produzindo gado, leite, cacau, e principalmente empregos. Ou seja: trabalho e renda para a região.

As cinco propriedades são fazendas de pecuária e cacau, empregam cerca de 70 trabalhadores diretos, alguns vivem lá com suas famílias ha anos. Estes trabalhadores foram obrigados a abandonar as propriedades, deixando para trás muitos de seus pertences. Os proprietários perderam seus equipamentos de trabalho e pessoais. Casas foram arrombadas e depredadas. Os trabalhadores viam móveis e roupa de cama sendo destruídos e atirados fora das casas.

No dia seguinte os produtores foram obrigados a retirar o gado às pressas. Alguns, sem ter a quem recorrer, se viram forçados a se desfazer de todo o rebanho; amargando perdas irrecuperáveis. Evidentemente, em momento de emergência não se consegue o melhor preço. Trabalhadores também tiveram que ser dispensados nos dias que se sucederam. Isso sem contar com o gado que não fora encontrado ou abatido pelos criminosos.

No decorrer da semana a estrada foi bloqueada pelos invasores. Marcada por barreiras de pedras que eram controladas por indivíduos fortemente armados restringindo a circulação de pessoas. Impedindo inclusive a passagem das linhas dos ônibus da empresa  de transporte Rota que liga o eixo Itabuna/Ilhéus a Pau Brasil e Itapetinga a Pau Brasil. Os demais produtores, não invadidos, ficaram ilhados sem acesso as suas propriedades, com medo de mais invasões. A região, em pânico, ficou paralisada.

Então, na noite de sábado 23, um dos invasores que trafegava na estrada supostamente levando alimentos para os demais alojados nas fazendas, teria sido confundido com uma tentativa de retomada das propriedades e fora alvejado, morrendo no local. Rapidamente os invasores buscaram disseminar pela mídia que o mesmo teria sido emboscado a mando dos produtores rurais. Informação que repercutiu rapidamente em cadeia nacional.

É fato que o assassinato de um índio repercute rapidamente na mídia. Muito mais rápido que invasões de terras e produtores rurais expulsos sob a mira de armas de fogo. Infelizmente esta é a cultura que impera em nossa sociedade ou seria uma confirmação do que propunha sobre o comportamento da mídia a Escola de Frankfurt. Mas o que causa repúdio é a campanha que foi formada para a disseminação da acusação contra as reais vítimas.

Nos dias seguintes os produtores rurais, ignorados pela mídia até o momento, passaram a ser assediados por esta. Um fato que causou espanto foi de um jornalista perguntar a um dos produtores se já havia prestado depoimento sobre o assassinato. Nunca houvera acusação, intimação, consulta; acredita-se que nem mesmo suspeita por parte da policia federal. Que evidentemente procederá com investigações competentes e descobrirá o culpado. Diferente da forma como os invasores agiram não é o nosso objetivo levantar acusações, mas o nome do assassino pode ser facilmente obtido nas rodas de discurssão em qualquer uma das duas cidades.

Desde o momento das invasões, os produtores vêm buscando o apoio das autoridades e da justiça para que a lei seja respeitada, as propriedades lhe sejam devolvidas e sua segurança garantida. Tendo em momento algum feito ameaças ou tramado qualquer tipo de ação violenta, como vêm sistematicamente sendo acusados. Enquanto isto sofre com o tormento de ver seu patrimônio e o trabalho de gerações de suas famílias sendo depredados. Estando privados de sua fonte de renda, tolhidos do direito de garantir o conforto e a dignidade à sua família pela ganância de aventureiros que se autodenominam índios e buscam ser acobertados pelo estatuto do índio. Lei que reconhecem e entendem a importância. É de interesse dos produtores, esclarecer que não exista causa anti-indianista. Que todos respeitam a etnia entendendo que é uma base importante da composição de nossa nação, e apóia a preservação de seus indivíduos e sua cultura.

Nossa nação precisa de alimentos. A campanha que elegeu nosso atual presidente se pautou na premissa elementar de que todo brasileiro tem direito a três refeições diárias. Afirmação que de tão lógica soa como algo banal. Mas que para quem tem contato com a carência de nosso povo faz todo o sentido. É evidente que este país precisa proteger os produtores rurais para que possam gerar valiosos empregos para a população de nossas zonas rurais e produzir o tão precioso alimento, Garantindo este direito a toda nossa população, e assim construir um país melhor e mais justo.