segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Agricultores protestam no aeroporto de Ilhéus contra invasões em terras

Mais de 2 mil pessoas acampam em frente ao aeroporto nesta sexta-feira.
Eles alegam ocupações frequentes nas propriedades rurais do sul da Bahia.

Cerca de 2,5 mil agricultores acampam em frente ao aeroporto Jorge Amado, na cidade de Ilhéus desde sexta-feira (10/08/2012) em protesto que pede a revisão do processo de demarcação da reserva indígena Tupinambá e denuncia invasões a propriedades rurais cometidas por pessoas que se dizem índios, de acordo com Abiel da Silva Santos, diretor da Associação de Pequenos Agricultores Rurais.


Trabalhadores, reféns do terror criado por 
falsos índios
"Foram mais de 18 propriedades invadidas nesses últimos 15 dias. Não estamos suportando mais. Os invasores com violência agridem até mesmo idosos, o último foi um agricultor de 83 anos. Um bando de 30 pessoas que revira a casa, pergunta pela aposentadoria. Até em assentamento eles entram", afirma o associado. Participam do movimento, além dos pequenos agricultores, quilombolas, fazendeiros e assentados. A Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) permitiu que 100 deles ocupem o saguão interno do aeroporto de Ilhéus para realizar o protesto.

De acordo com Abiel da Silva,  um dos responsáveis pela organização do protesto, alguns caciques orientam as invasões às propriedades, através da contratação de pessoas envolvidas em crimes ou tráfico de drogas. "Eles entram nos morros da cidade, pagam R$ 40 por dia a essas pessoas que entram nas propriedades. Nós fazemos ocorrências, denunciamos, mas ninguém toma providência", diz.



Produtores, cidadãos de bem, protestando 
pacíficamente por seus direitos
A reserva indígena, que possui 47 mil hectares, fica entre os municipios de Una, Buerarema e Ilhéus. Atualmente, está ocupada por pequenos agricultores, assentados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), além de índios, que reinvidicam a demarcação para criacao de uma reserva. O processo está no Ministério da Justiça para análise.

O Governo da Bahia enviou um representante para negociar com os manifestantes. Mais uma vez esse governo se abstêm de suas obrigações de proteger o cidadão e permite que produtores rurais sejam vitimas destes grupos criminosos travestidos de índios.

É bom destacar que produtores rurais, cidadãos de bem, protestam de forma pacífica, reclamam seus direitos sem prejudicar terceiros. O interesse destes grupos auto-denominados indígenas é o roubo e a depredação.