terça-feira, 16 de novembro de 2010

Falsa causa indianista

Gostaria de justificar algumas considerações feitas no blog, para que não seja acusado de partidário ou parcial.

Diferentemente da mídia, tenho tratado os acontecimentos como invasões ilegais e buscado dar destaque à violência destas. Faço isto por vivenciar a situação. Por estar em constante contato com os trabalhadores que vêem sua fonte de sustento tomadas sob a mira de armas. Escuto destes a falta de perspectiva de futuro diante da conivência daqueles que deveriam assegurar a ordem e o cumprimento da lei.

Outro ponto que tenho sido recorrente trata da auto afirmação dos invasores como pertencentes a etnia Pataxó Hã-hã-hãe. O faço, novamente, por conviver com as pessoas da região e saber de casos (nada raros) de sujeitos que "se tornam" índios.  Indivíduos que viveram suas vidas inteiras na cidade, sem algum vinculo com cultura Pataxó. E que ao surgir a oportunidade de ser beneficiado, aceita ser cadastrado como indígena. Em minhas pesquisas, tive acesso inclusive a documentos antropológicos que apontam para uma quantidade ínfima de indivíduos pertencentes à dita etnia.

Tenho tocado tanto na questão da ilegalidade destas invasões, pois mesmo que se tratassem de 300 índios da etnia Pataxó Hã-hã-hãe, estes não teriam direito a invadir as propriedades. Muito menos expulsar os proprietários e trabalhadores sob a mira de armas. Se a propriedade e a posse legais são dos produtores rurais, caberia aos índios pressionar o STF. Que é quem deve julgar a validade destes títulos de propriedade. E não, com violência, aqueles que dela produzem (com o suporte da lei) alimentos e renda para a região. Se a justiça é morosa e prejudica os indivíduos pertencentes à reserva. Dever-se-ia invadir o tribunal, acampar em brasília em frente ao congresso. E principalmente, entender que minha contraparte em uma ação judicial não é necessariamente meu inimigo.

Em meu contato com a região e com as partes envolvidas no conflito, tive a oportunidade de perceber que estes se dão na verdade, devido à ganância de funcionários de órgãos do governo federal por repasse de verbas. É importante para estes individuo que índios sejam fabricados, e se precise de mais e mais terras para acomodá-los. Afinal, a este órgão público pouco importa a geração de emprego e renda em uma região como aquela.

O governo do estado buscou há quase um século a ocupação e o desenvolvimento da região; vendeu as terras, registradas e tituladas. É justo que o interesse de funcionários corruptos da Funai MATE uma região tão produtiva?

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