quarta-feira, 14 de março de 2012

Esbulho, desrespeito, depredação, desestabilização da economia local e mais de três mil famílias desempregadas e desabrigadas


Não satisfeitos com o caos e a violência instaurados na região de Itaju do Colônia, os líderes do movimento de invasão, amparados pela Funai que apóia e financia estas ações, ameaçam invadir mais 12 propriedades na região caso o STF não julgue a ACO 312 imediatamente. 

O delegado responsável pela região de Itaju do Colônia, Francesco Denis da Silva Santana, que atua na região há seis anos, afirma que as invasões têm acontecido com violência e armamento pesado, de uso restrito do Exército Brasileiro, como fuzil, calibre 7,62 rifles longos e espingardas calibre 12.

“Os índios não respeitam a minha autoridade local e afirmam que apenas a Polícia Federal possui competência para julgá-los. Isso dificulta muito o meu trabalho. O clima na região é tenso e já expedi o pedido de reforço policial oficialmente por meio de documentos, para a época do julgamento. Porque acredito que a violência deles será muito maior na ocasião. Mais assassinatos vão acontecer, entre outras agressões, a exemplo do que vem acontecendo aos proprietários das terras e seus funcionários, empregados e colaboradores”, afirma Santana. Além de não exercer respeito aos índios da região, o delegado afirma também que não conta com o apoio da FUNAI, que consegue recursos garantindo aos índios ainda mais liberdade de ação, uma liberdade irrestrita e em excesso.

“O que posso acrescentar é que nesse período da minha atuação local, tenho um alto índice de registro de violências e crimes dos índios para com os proprietários e seus funcionários e nenhum registro de violência por parte dos proprietários, que estão aceitando as invasões de forma pacífica. Esses são os dados oficiais que posso transmitir com tranquilidade”, esclarece a autoridade.

Alguns proprietários das fazendas invadidas, pequenos e médios produtores de Cacau, leite e carne da região, não querem ser identificados, mas estimam grandes prejuízos tanto local, como para todo o Estado da Bahia, além do desemprego na região, que essas invasões ocasionaram, aproximadamente de três mil famílias desempregadas e atualmente desabrigadas que não tem para onde ir porque eram empregados registrados dessas propriedades e moravam lá. 

Os prejuízos causados também afetaram intensamente a economia, como por exemplo, a produção de leite, que em média eram distribuídos, por mês, 2 milhões de litros do produto, algo em torno de R$ 1,5 milhão, já não acontece e o produto se perde. Além de outras perdas como aproximadamente 500 mil arrobas de cacau/ano, entre outros prejuízos e desperdícios de carne, bananas da terra e etc.
Para finalizar, na opinião dos pequenos e médios produtores, foi uma unanimidade: “Não queremos que os índios não lutem pelos seus direitos, mas nós também temos os nossos.

Estamos sendo tremendamente injustiçados e sofrendo todos os tipos de agressões e violência, inclusive sequestros e assassinatos dentro da nossa própria terra, que é a Bahia. Acreditamos que em breve a Justiça Brasileira reconhecerá também os nossos direitos de trabalhadores dignos e empregadores e produtores da região”. O grupo apresenta uma série de estudos realizados por especialistas como antropólogos e geólogos renomados, que questionam se essa etnia realmente existia anteriormente na Bahia. Segundo o estudo, acredita-se que alguns tenham vindo de Minas Gerais e muito deles sejam “oportunistas” que se passam por índios.

Os estudos também demonstram que não há caracterização indígena dessa Tribo Pataxó, não há caracterização de pele, cabelo, cultura, enfim. Cabe agora ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, julgar a sentença que está tramitando há 30 anos na Justiça Brasileira.

O medo dos proprietários das fazendas invadidas é que os invasores, caso a ACO 312 seja julgada improcedente, destruam as fazendas como retaliação, gerando ainda mais prejuízos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário